Mortalidade materna: índices ainda são preocupantes no Brasil

mortalidade materna: índices ainda são preocupantes no Brasil
Principais causas das mortes de gestante são hipertensão, hemorragia, infecção pós-parto e aborto inseguro

Na data em que se comemora o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna, 28 de maio, os dados ainda demonstram a necessidade de um esforço conjunto da sociedade e poder público para estabelecer políticas capazes de reduzir os índices de mortalidade materna, que é considerada por muitos especialistas como “mortes evitáveis”.

A data tem como objetivo divulgar os direitos das mulheres à saúde e à maternidade segura. Os últimos dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por 100 mil nascidos vivos para 69 mães por 100 mil nascidos vivos. A taxa considerada aceitável pela OMS é de 20 por 100 mil.

Conheça os índices da mortalidade materna

 Os últimos dados consolidados mostram que após não ter cumprido a meta de reduzir em 75% os índices de mortalidade materna, o Brasil registrou aumento em 2016. Segundo os dados do Ministério da Saúde, já havia um declínio das taxas de mortalidade materna.

Depois de cair 56% desde 1990, subiu em 2013 , voltou a caiar em 2015 e teve um aumento em 2016, ultimo ano de dados consolidados. Em 2015, o índice foi de 62 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2016, subiu para mais de 64 óbitos de gestantes por 100 mil.

 Em 2000, o Brasil fez um pacto para reduzir a mortalidade. A meta era limitar a 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Em maio de 2018, o Brasil reiterou a meta de redução da mortalidade materna em 50% nos próximos 12 anos, até 2030, chegando a 30 mortes por 100 mil nascidos vivos

As regiões Norte e Nordeste concentram as maiores taxas: 84,5 e 78. O Sul e o Sudeste têm menores índices 44,2 e 55,8 respectivamente.

 O que é mortalidade materna?

 A morte materna é qualquer morte que acontece durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto, desde que decorrente de causa relacionada ou agravada pela gravidez. As principais causas das mortes de gestante são hipertensão, hemorragia, infecção pós-parto e aborto inseguro.

Em maio de 2018, o Brasil  reiterou a meta de redução da mortalidade materna em 50% nos próximos 12 anos, até 2030 Chegando a 30 mortes por 100 mil nascidos vivos. A grande maioria das mortes maternas poderia ser evitada caso fosse feito o diagnóstico rápido das complicações, além de investimento na qualificação contínua de recursos humanos, aponta os especialistas.

Para os especialistas, o trágico é que as mortes maternas são casos evitáveis. É causada por uma somatória de erros e demoras na assistência à mulher.  Neste aspecto, defendem, não basta apenas um pré-natal, porque a mulher pode apresentar complicações ao final da gestação e morrer em função da demora em receber uma assistência adequada.

Você sabia?

28 de maio é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, iniciativa que teve início durante o IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, na Holanda, em 1984. Ficou definido que o dia 28 de maio seria destinado a estimular o debate e a reflexão a nível mundial sobre os métodos e ações políticas necessárias para melhorar as condições de saúde da mulher gestante, principalmente. No Brasil, o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna foi instituído através da Portaria do Ministério da Saúde nº 663/94.

QUER SE ATUALIZAR EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA? VEM PARA O REVISAMED. CLIQUE AQUI


fontes: Febrasgo e Ministério da Saúde