Residência Médica em Pediatria: salário, rotina, onde fazer e muito mais
A Residência Médica em Pediatria é a segunda especialidade mais procurada pelos estudantes de Medicina. A carga horária do residente em pediatria é de 60 horas semanais, divididas em 40 horas de atividades e 20 horas de plantão. O Programa de Residência em Pediatria dura três anos e são ofertadas cerca de 1,9 mil vagas/ano.
A Residência Médica em Pediatria associa estudo, amor e carinho. Lidar com as crianças é um desejo de muitos estudantes de Medicina e, por isto, a Residência Médica em Pediatria tem uma grande demanda nos concursos. De acesso direto, é a segunda especialidade mais procurada pelos estudantes de Medicina.
Em contrapartida, são oferecidas muitas vagas em instituições de todo o país. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria em torno de 1900 vagas de residência são ofertadas para Pediatria.
A carga horária do residente em Pediatria é de 60 horas semanal, sendo 40 horas de atividades rotineiras e 20 horas de plantão. A duração total do programa é de três anos. Quer saber mais sobre a Pediatria, então continue lendo nosso artigo.
No Guia Completo de Residência Médica do Revisamed você pode conhecer um pouco de outras especialidades médicas com acesso direto na residência.
A seguir, você vai saber:
Qual o perfil para ser um reconhecido médico pediatra?
Será que é preciso ter um perfil específico para ser um Pediatra? Bom, de acordo com os especialistas da área, além das habilidades, do conhecimento científico teórico/prático,o Pediatra precisa, sim, ter alguns características especiais para atuar nesta área.
Entre elas, destaque para uma excelente habilidade na anamnese, já que as crianças geralmente não sabem relatar o que estão sentindo.
Além disto, os sempre preocupados pais esperam do profissional pediatra segurança no diagnóstico, empatia, paciência e disponibilidade para atender a qualquer hora.
Isto significa, portanto, está disposto a uma carga bem pesada de trabalho.
O pediatra ganha bem?
Sites especializados estimam valores diferentes para o salário do médico pediatra. Porém, a Federação Nacional dos Médicos, a Fenam, recomenda um salário mínimo de R$ 14.134,00 para médicos de qualquer especialidade com jornada de 20 horas semanais.
O valor é utilizado para orientar as convenções, acordos e negociações coletivas da categoria por parte dos sindicatos. Apesar da recomendação da Fenam, na prática esse valor pode ser bem menor.
De acordo com Site Nacional de Empregos (Sine), a remuneração média do médico pediatra varia entre R$ 4.885,00, para início de carreira em empresa pequena, a mais de R$ 20 mil, para quem tem mais de 8 anos de experiência em empresa de grande porte.
Já o site de empregos Catho informa uma média salarial nacional de R$ 7.338 para médicos pediatras, podendo vir a ganhar até R$ 13.092,00, ficando a média salarial no Brasil de R$ 8.862,00.
Na realidade, o salário do especialista, seja pediatra ou de outra qualquer área, depende e varia muito conforme a região, o hospital e a rotina do médico. Comparada a outras especialidades médicas, a pediatria não é uma das mais bem remuneradas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os rendimentos do pediatra estão muito mais baseados na realização de consultas do que de procedimentos médicos complexos.
Para quem é residente, o valor bruto da bolsa de residência médica em pediatria é de R$ 3.330,43 por 60 horas semanais. A Residência Médica não é um salário e sim uma bolsa de auxílio. Portanto, não existe qualquer vínculo empregatício com o hospital ou qualquer instituição relacionada a vaga.
Como está o mercado de trabalho para o médico pediatra?
Em resumo, o mercado de trabalho para a especialidade de pediatria está relativamente bom. Isto, porque há alguns anos a Pediatria foi deixada de lado pelos estudantes, reduzindo o número de especialistas.
Atualmente, há uma maior procura pela especialidade. Como em outras especialidades, a entrada para o mercado é o atendimento em plantões em pronto-socorro.
Posteriormente, há uma tendência de o profissional montar o próprio consultório ou fazer atendimento em ambulatórios.O médico pediatra pode trabalhar em hospitais, maternidades, consultórios e clínicas próprias.
Onde fazer a Residência Médica em Pediatria
De acordo com Sociedade Brasileira de Pediatria, são cerca de 1.9 mil vagas de residência médica em pediatria nas mais de 200 instituições no Brasil. Atualmente, o Brasil conta com 39 mil especialistas em pediatria.
A maioria dos profissionais se concentra na Região Sudeste (55%), em seguida o Nordestes (16%), Sul (16%), Centro-Oeste (9%) e Norte (4%).
Para concluir o programa, são necessários três anos. A partir de 2019, todos os programas passaram a contemplar os três anos (Resolução nº 1 de 2016 da CNRM).
A residência médica em pediatria é de acesso direto. Concluída a graduação o recém-formado já pode se candidatar à uma das vagas.
Na tabela abaixo o estudante de Medicina pode pesquisar as instituições que disponibilizam programas de residência em pediatria em todo país.
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Subespecialidades da Medicina Pediátrica
Para quem está pensando em fazer residência médica em pediatria é importante saber que há a possibilidade de, após a conclusão do R1, o pediatra se dedicar à uma subespecialidade da pediatria.
Ou seja, o médico pediatra pode fazer o R3 em uma subárea, se especializando ainda mais, após a residência médica em pediatria R1.
Dentre a subáreas da pediatria, o profissionais podem se especializar nas seguintes áreas:
Cardiologia Pediátrica
Especialidade médica que integra os conhecimentos da área cardiológica e pediátrica, envolvendo o diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções ou problemas relacionados ao coração na infância.
Neurologia Pediátrica ou Neuropediatria
Especialidade que avalia o sistema nervoso central (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e periférico (nervos) das crianças.
Alergia e Imunologia pediátrica
Subespecialidade médica que investiga e trata doenças relacionadas ao sistema imunológico, incluindo tanto as alergias quanto as imunodeficiências primárias, que estão associadas a defeitos hereditários ou genéticos do sistema imunológico.
Cancerologia Pediátrica ou Oncologia Pediátrica
Subespecialidade da oncologia responsável pelo diagnóstico e tratamento do câncer infantil, que atinge crianças e adolescentes.
Endocrinologia Pediátrica
Ramo da Medicina que trata dos transtornos das glândulas endócrinas, as quais são órgãos secretores de hormônios. Endocrinologia Pediátrica é a área que cuida de crianças e adolescentes com esses problemas.
Gastroenterologia Pediátrica
Especialidade médica responsável por prevenir, diagnosticar e tratar as doenças do aparelho gastrointestinal da criança e do adolescente.
Hematologia e Hemoterapia Pediátrica
Especialidade responsável por investigar, diagnosticar e tratar os distúrbios do sangue, sejam eles benignos ou malignos do ponto de vista patológico, e por todos os procedimentos relacionados à transfusão de sangue
Infectologia Pediátrica
Subespecialidade pediátrica que atende as crianças e adolescentes com doenças infecciosas.
Medicina do Adolescente ou Hebiatria
Parte da Medicina que cuida dos adolescentes (também conhecida como Medicina do Adolescente).
Medicina Intensiva Neonatal
Especialidade dedicada em atendimento a pacientes recém-nascidos em estado crítico de saúde e que necessitam de acompanhamento intensivo.
Medicina Intensiva Pediátrica
Especialidade dedicada ao atendimento a pacientes na fase da infância em estado crítico de saúde e que necessitam de acompanhamento intensivo.
Nefrologia Pediátrica
Subespecialidade da Pediatria responsável por prevenir, diagnosticar e tratar de condições que assolam os rins de pacientes entre o 0 e os 18 anos de idade, ou seja, bebês, crianças e adolescentes.
Neonatologia
Especialidade que atua nos cuidados específicos com bebês recém-nascidos e com disfunções que necessitam de cuidados especializados intensivos, como os prematuros.
Nutrologia Pediátrica
Especialidade voltada para a Nutrição e suas diversas interfaces na criança, desde doenças (gastro, alergia, nefrologia), prevenção com orientação de alimentação saudável e tratamento de carências nutricionais, dificuldades alimentares, erros alimentares, obesidade entre outros.
Pneumologia Pediátrica
Subespecialidade da pediatria que cuida do diagnóstico, tratamento e da prevenção das doenças respiratórias que acometem crianças e adolescentes.
Emergência Pediátrica
Especialidade voltada para o diagnóstico e tratamento emergencial de crianças.
Reumatologia Pediátrica
Especialidade responsável pelo diagnóstico e tratamento de patologias das articulações, ossos e músculos em crianças.
Para fazer uma subespecialidade, o médico Residente R1 terá que fazer novo concurso de Residência Médica R3 para a subárea da Pediatria escolhida, tendo que estudar de 1 a 3 anos a mais, conforme a subárea.
Matrizes de Competências da Residência Médica em Pediatria
PRIMEIRO ANO (R1)
A. Conhecimento e competências:
1. Promover a integração dos conhecimentos básicos e clínicos para avaliar e orientar o processo normal do crescimento e desenvolvimento na infância e adolescência;
2. Reconhecer a importância das condições ambientais, psicológicas e socioculturais no atendimento de crianças e adolescentes;
3. Valorizar o aleitamento materno e o vínculo mãe-filho para o crescimento e desenvolvimento;
4. Compreender os conceitos de atenção primária, atenção secundária e atenção terciária nos sistemas de saúde e o sistema de referência e contra-referência;
5. Atender o recém-nascido e acompanhá-lo no alojamento conjunto e berçários;
6. Diagnosticar e tratar completamente as doenças mais frequentes na infância e adolescência, sabendo distinguir sua gravidade para indicar o nível de complexidade adequado ao seu atendimento;
7. Reconhecer as causas mais comuns dos acidentes na infância e a sua prevenção;
8. Atuar na promoção da saúde e prevenção de doenças, valorizando o Programa Nacional de Imunizações;
9. Valorizar o trabalho em equipe multidisciplinar para a abordagem adequada dos casos mais complexos;
10. Desenvolver plano de tratamento levando em conta o custo/efetividade;
11. Desenvolver habilidade para comunicar e aconselhar pacientes/responsáveis sobre indicações, contraindicações e complicações de procedimentos propostos no plano Terapêutico;
12. Conhecer o código de ética;
B. Habilidades e atitudes:
1. Executar anamnese pediátrica, exame clínico completo, incluindo medidas antropométricas e psicomotoras;
2. Executar orientação alimentar adequada para a criança e o adolescente normais, levando em consideração as suas condições de vida;
3. Orientar as vacinas de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações, levando em conta suas indicações, contraindicações e eventos adversos;
4. Orientar adequadamente a prevenção de acidentes na infância, de acordo com cada faixa etária;
5. Executar o atendimento ao recém-nascido de baixo risco;
6. Orientar as mães puérperas para os cuidados ao recém-nascido de baixo risco no ambiente hospitalar e após alta;
7. Realizar o atendimento das doenças mais prevalentes na infância e adolescência, e abordar com a família suas alternativas de tratamento;
8. Identificar as situações pediátricas que requeiram atendimento de urgência e suporte avançado de vida;
9. Reconhecer situações que necessitem de encaminhamento para outras especialidades médicas ou para atendimento pediátrico especializado;
10. Identificar e criar oportunidades para a promoção da saúde e prevenção de doenças do indivíduo e da comunidade em que presta serviço, e responder apropriadamente;
11. Demonstrar responsabilidade no cuidado dos pacientes a si designados, dedicando a eles o tempo e esforço necessários;
12. Demonstrar respeito à autonomia e privacidade dos pacientes e seus familiares;
13. Fomentar uma relação de respeito e empatia com os pacientes e seus familiares, sem perder a postura profissional;
14. Interagir de forma adequada com os demais profissionais de saúde: outros residentes, médicos assistentes, médicos de outras especialidades, outros profissionais de equipe multidisciplinar e funcionários dos outros serviços de saúde;
15. Interagir com outros recursos da comunidade, como escolas e creches para promover orientações de saúde;
16. Participar das questões desafiadoras da atenção, em situações difíceis como comunicação de más notícias/morte;
17. Participar ativamente das discussões em visitas clínicas, apresentar verbalmente, de maneira efetiva, relatórios de um atendimento clínico ou plano de conduta;
18. Administrar o tempo para equilibrar suas atividades educacionais e assistenciais;
19. Priorizar adequadamente as tarefas diárias de muitos pacientes e problemas;
20. Acessar e interpretar as evidências científicas relevantes à prática clínica;
- Punção arterial para coleta de exames;
- Sondagem vesical;
- Sondagem nasogástrica;
- Punção lombar para coleta de líquor;
- Punção torácica;
- Reanimação em sala de parto para recém-nascidos de baixo risco;
- Técnicas inalatórias.
C. Distribuição da carga horária (R1):
Conteúdo programático-prático: corresponde a 80-90% da carga horária total (60 horas semanais)
1. Atenção básica – 20 a 30% (preferencialmente 2 a 3 vezes por semana, durante todo o ano);
2. Treinamento nos cuidados a pacientes internados (enfermaria pediátrica) – 15 a 20%;
3. Atenção neonatal básica (assistência ao recém-nascido em sala de parto, alojamento conjunto) – 15 a 20%;
4. Treinamento em urgência e emergência – 20 a 25%.
Conteúdo Programático-teórico: corresponde a 10-20% da carga horária total (60 horas semanais)
1. Será ministrado sob a sob a forma de reuniões clínicas, seminários, cursos de atualização e discussões clínicas.
SEGUNDO ANO (R2)
A. Conhecimento e competências:
1. Integrar os conhecimentos necessários para avaliar o processo de crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, com especial atenção aos grupos vulneráveis;
2. Integrar os conhecimentos para a adequada compreensão dos determinantes biológicos, psicológicos e sociais dos distúrbios nutricionais;
3. Valorizar a saúde materna como um determinante da saúde do feto e do recém-nascido;
4. Integrar os conhecimentos para a utilização racional dos métodos laboratoriais para diagnóstico e acompanhamento de tratamento das doenças mais prevalentes em pediatria;
5. Integrar os conhecimentos para a utilização racional dos métodos de imagem para diagnóstico e acompanhamento de tratamento das doenças mais prevalentes em pediatria;
6. Compreender a importância da biologia molecular e da genética aplicadas à pediatria, integrando os conhecimentos para a determinação de doenças na faixa etária pediátrica;
7. Compreender a importância da prevenção na infância das doenças prevalentes no adulto;
8. Desenvolver conhecimentos para diagnosticar e tratar os problemas mais frequentes de saúde mental na infância e adolescência;
9. Integrar conhecimentos e habilidades no manejo de cuidados paliativos e final de vida (morte encefálica, dependência de VM, atestado de óbito…);
10. Reconhecer situações que requeiram encaminhamento ao Serviço Social e/ou Conselho Tutelar e/ou Vara da Infância e da Juventude;
11. Reconhecer situações em que seja necessário recorrer ao Comitê de Ética da instituição;
B. Habilidades e atitudes:
1. Prestar atendimento global ao recém-nascido normal e de risco, em sala de parto e berçário;
2. Executar o atendimento de crianças e adolescentes em unidades de urgência e emergência;
3. Acompanhar e conduzir o tratamento clínico no pré e pós-operatório de pequeno e médio porte em crianças e adolescentes;
4. Acompanhar e avaliar pacientes internados em enfermarias com doenças de média e alta complexidade, e em unidades de emergência
5. Realizar o atendimento de crianças internadas em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica;
6. Prestar atendimento integral à saúde do adolescente;
7. Estar capacitado a fornecer orientação e aconselhamento ao paciente e seus familiares relativamente aos diagnósticos, opções de tratamento, complicações e prognóstico das doenças mais prevalentes em pediatria, incluindo cuidados paliativos;
8. Expor à criança e aos seus familiares, de forma verdadeira e compreensível, as indicações dos procedimentos necessários ao atendimento, explicitando seus riscos e benefícios, e discutindo as eventuais evoluções desfavoráveis;
9. Participar dos processos educativos dos pacientes e de seus familiares em relação às questões de saúde mais prevalentes;
10. Demonstrar interesse, compaixão, respeito e responsabilidade pelo cuidado do seu paciente e cuidadores, acima de seus interesses próprios;
11. Garantir cuidados apropriados ao paciente terminal;
12. Reconhecer a comunicação como habilidade clínica essencial para o profissional de saúde;
13. Respeitar privacidade e autonomia do paciente, assim como a confidencialidade das informações compartilhadas;
14. Estar atento e responsivo a sinais não verbais;
15. Transmitir informações ao paciente, aos seus familiares e demais profissionais, de maneira humana, compreensível e que estimule a discussão e a participação no processo de decisão;
16. Reconhecer suas próprias limitações quanto à expertise clínica através da auto-avaliação.
17. Executar os seguintes procedimentos:
- Obtenção de acesso venoso central por técnica de Seldinger em veia jugular interna, veia subclávica e veia femoral;
- Intubações oro e nasotraqueal;
- Passagem de agulha intraóssea;
- Manobra completa de reanimação cardiorrespiratória;
- Punção supra-púbica;
- Cateterização de artéria e veia umbilicais;
- Habilidades nos cuidados com ostomia (traqueostomia, gastrostomia);
- Instalar Ventilação Não Invasiva (VNI).
C. Distribuição da carga horária (R2):
Conteúdo programático-prático: corresponde a 80-90% da carga horária total (60 horas semanais)
1. Atendimento ambulatorial de pediatria, acrescido de atendimento a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, e saúde mental básica – 15 a 25%;
2. Treinamento nos cuidados a pacientes em regime de internação hospitalar – 20 a 30%;
3. Atenção neonatal – (assistência ao recém-nascido em sala de parto, em situação de médio e alto risco, e acompanhamento de cuidados intensivos neonatais) – 15 a 20%;
4. Treinamento em urgência e emergência – 10 a 15%;
5. Treinamento em terapia intensiva pediátrica – 10 a 15%.
Conteúdo Programático-teórico: corresponde a 10-20% da carga horária total (60 horas semanais)
1. A carga horária entre 10% e 20% da carga horária total se dará sob a forma de reuniões clínicas, seminários, cursos de atualização e discussões clínicas.
TERCEIRO ANO (R3)
A. Conhecimento e competências:
1. Liderar a equipe de saúde no atendimento ao recém-nascido, à criança e ao adolescente;
2. Integrar os conhecimentos necessários para compor, com os dados obtidos pela anamnese, exame físico, exames subsidiários e condições de vida do paciente, um raciocínio clínico e uma programação terapêutica e de orientação, com base na melhor evidência disponível, para as doenças do recém-nascido, criança e adolescente, atuando com resolutividade na atenção primária e secundária;
3. Reconhecer crianças e adolescentes com doenças complexas e encaminhá-las corretamente através do sistema de referência disponível na região;
4. Acompanhar crianças e adolescentes com doenças crônicas, segundo plano terapêutico pré-estabelecido, mantendo diálogo com o especialista;
5. Integrar os conhecimentos para compreender os determinantes sociais da violência contra crianças e adolescentes;
6. Promover a integração dos conhecimentos para compreender os determinantes sociais do uso de drogas na adolescência;
7. Integrar equipe e participar do atendimento em Hospital Dia;
8. Integrar equipe e participar do atendimento ao trauma;
9. Desenvolver a capacidade de manter-se atualizado, buscando material adequado para aprendizagem constante;
10. Ler criticamente um artigo científico;
B. Habilidades e atitudes:
1. Interpretar adequadamente os exames laboratoriais e de imagem nas crianças e adolescentes;
2. Acompanhar e conduzir o tratamento clínico no pré o pós-operatório em recém-nascidos, crianças e adolescentes;
3. Reconhecer, notificar e acompanhar a evolução dos casos de vitimização de crianças e adolescentes;
4. Reconhecer, acompanhar e, se for o caso, dar encaminhamento os adolescentes em uso de drogas lícitas e ilícitas;
5. Atender plenamente as situações de urgência e emergência e indicar criteriosamente internação em Unidade de Terapia Intensiva para todas as faixas etárias pediátricas;
6. Realizar e monitorar sedação e analgesia em procedimento;
7. Reconhecer e tratar os problemas mais prevalentes de saúde mental e distúrbios do comportamento;
8. Correlacionar seu raciocínio clínico com as características psicológicas, ambientais e sociais dos casos sob seu cuidado;
9. Reconhecer as crianças e adolescentes em situação de risco e conduzir o encaminhamento necessário;
10. Coordenar e liderar situações em que seja adequado discutir a introdução de cuidados paliativos e terminais;
11. Participar, junto com a família e o restante da equipe multidisciplinar, da discussão de eventual morte de um paciente e oferecer apoio ao luto da família;
12. Participar, quando necessário, do encaminhamento de pacientes e seus familiares a grupos de suporte multidisciplinar e entidades de apoio, como associação de pais.
13. Estar capacitado a:
- Instalar Ventilação Mecânica Invasiva;
- Liderar o grupo de reanimação;
- Estar habilitado em sedação e analgesia para pequenos procedimentos.
C. Distribuição da carga horária (R3):
Conteúdo programático-prático: corresponde a 80-90% da carga horária total (60 horas semanais)
1. Atendimento ambulatorial nos campos das áreas de atuação pediátricas
2. Cuidados a pacientes portadores de doenças pertinentes ao domínio das distintas áreas de atuação pediátrica, em regime de internação – 20 a 25%;
3. Treinamento em urgência, emergência, trauma e atendimento de crianças e adolescentes vitimizados – 10%;
4. Treinamento clínico em pré e pós-operatório de cirurgias, sedação e analgesia – 10%;
5. Treinamento em terapia intensiva pediátrica – 10%;
6. Treinamento em terapia intensiva neonatal – 10%;
7. Estágio opcional – 10%.
Conteúdo Programático-teórico: corresponde a 10-20% da carga horária total (60 horas semanais)
1. A carga horária entre 10% e 20% da carga horária total se dará sob a forma de reuniões clínicas, seminários, cursos de atualização e discussões clínicas.
ANEXO II
1. Atendimento pediátrico em Unidades Básicas de Saúde,
Ambulatórios de Crescimento e Desenvolvimento e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs);
2. Ambulatório de Pediatria;
3. Ambulatórios de áreas de atuação em pediatria;
4. Enfermarias de pediatria;
5. Enfermarias de áreas de atuação em pediatria;
6. Unidades de pronto socorro ou unidades de urgência e emergência pediátricas;
7. Unidades de alojamento conjunto (ALCON);
8. Unidades neonatais de médio e alto risco;
9. Unidades de tratamento intensivo neonatal;
10. Unidades de tratamento intensivo pediátrico;
11. Quando disponíveis, o treinamento poderá se estender a creches, escolas, orfanatos e núcleos de atendimento ao adolescente.
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Bom dia . Sou ROSENY tenho 53 anoe e meu sonho ser uma médica,especialista na pediatria…Porem terminei meu primeiro grau , parei por conta de nao poder financeiramente proeguir com meus estudos , até me formar.Triste
Boa tarde, Roseny! Nunca é tarde pra realização de um sonho, espero que logo menos você consiga alcançar seus objetivos.
Segue o exemplo de que é possível, um senhor de 87 anos que já está na metade do curso. Um abraço.
https://institutomongeralaegon.org/longevidade-e-trabalho/carreira/idoso-realiza-sonho-de-estudar-medicina
Não fique triste não. É muito bonito você ter um Sonho e não desistir, mas talvez você ainda possa trabalhar com crianças de alguma forma, né?
Com certeza, desistir jamais.
Boa sorte